Cachorro Farejador Sombra é Jurada De Morte Por Traficantes Na Colômbia
Em sua vida profissional na força policial antidrogas da Colômbia, a pastora alemã chamada Sombra rastreou uma quantia sem precedentes de drogas.
Porém agora, essa cadela farejadora da polícia teve que deslocar sua zona de operações para ficar a salva. Ela foi jurada de morte por traficantes de droga, incomodados com a eficácia de seu trabalho.
De acordo com informações da mídia colombiana, fontes da inteligência afirmam que a organização criminosa do Clã do Golfo está oferecendo recompensa pela cabeça de Sombra.
O motivo disso é que a cadela descobriu mais de cinco toneladas de cocaína do grupo criminoso e com isso, conseguiu impedir o envio da droga para a Europa.
A Diretoria Antidrogas da Polícia da Colômbia confirmou à BBC News Mundo que a recompensa oferecida pelos traficantes é de 20 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 26 mil) e não de US$ 70 mil (o equivalente a R$ 261,8 mil), conforme indicado anteriormente pela mídia local.
O Clã do Golfo é apontado como a organização criminosa mais poderosa da Colômbia.
A organização adicionou que a informação foi obtida por unidades de inteligência e confirmou que Sombra está segura.
Grande parte do tráfico de drogas na Colômbia é controlada por esse grupo e seu líder, Dairo Antonio Úsuga, conhecido como Otoniel, é um dos homens mais procurados do país.
Sombra foi transferida da área onde o grupo opera, em Turbo, Antioquia, para o aeroporto El Dorado, em Bogotá.
O aeroporto está fora da principal zona de influência do grupo e por isso, é apontado pelas autoridades um local seguro para Sombra e apesar das ameaças dos bandidos, a polícia assegura que a cadela não correrá nenhum perigo.
Além de seu adestrador habitual, Sombra agora será acompanhada por mais funcionários para ter a segurança reforçada.
Sombra é o “terror” dos narcotraficantes
Sombra tem 6 anos e ingressou na força antidrogas ainda filhote. Ela se distinguiu por dois anos consecutivos ganhando a medalha “Wilson Quintero” por sua “contribuição imensurável à luta contra o tráfico de drogas no país.
Para a polícia antidrogas ela se tornou “o terror” das organizações criminosas e, por isso, eles a procuram para matá-la.
A cadela ajudou as autoridades em portos da costa atlântica, incluindo a cidade de Turbo, na Colômbia, onde toneladas de drogas são embarcadas em lanchas e às vezes em pequenos submarinos com destino nos Estados Unidos e Europa.
Em junho, Sombra descobriu 5,3 toneladas de cocaína em Turbo e encontrou posteriormente outras quatro toneladas escondidas em peças de automóvel que também seriam exportadas.
Conforme exposto pela rede de televisão colombiana RCN, foi o diretor da polícia, o general Jorge Nieto, que ordenou a transferência de Sombra para o aeroporto de Bogotá, onde ela já conseguiu apreensões consideráveis de drogas.
“Sua intuição permitiu a detenção de mais de 245 pessoas em aeroportos como o José María Córdova, em Rionegro, e o El Dorado, em Bogotá”, disse à RCN o coronel Carlos Fernando Villareal, chefe de treinamento canino da polícia antidrogas.
“Ela vai ficar neste último (aeroporto) até segunda ordem, já que sua presença tem permitido frustrar a saída de várias cargas de droga”.
Em uma postagem feita no Twitter em 20 de julho deste ano, a Polícia Antidrogas ressalta que “Sombra foi o cachorro com o melhor desempenho durante o treinamento em detecção de drogas ilícitas, e que nos últimos três anos se tornou o tormento de “Otoniel” apreendendo 9 toneladas de cocaína”.